No clima visual predominam duas cores: marrom para o mundo de Mary e cinza no universo de Max. Um leve clima noir. Só de vez em quando despontam vermelhos: em línguas, lábios, adereços. Mary vê tudo marrom; Max vê tudo em branco e preto. Tons da solidão e da distância. No entanto há sempre um detalhe em vermelho. Nuance da busca pelo amor de ambos. Ambas visões se mostram ao mesmo tempo, tristes e emocionantes. O nosso olhar de espectador absorvido torna-se ao mesmo tempo desolador e sarcástico sobre a realidade. Somos movidos pela criatividade e audácia. Temas como solidão e insegurança, necessidade e perdão em discussões mais íntimas. Polêmicas se desenham em humor negro e em incrível coragem de despir-se desse humor para atingir um grau de quase visceral sinceridade. Ficamos envolvidos: um filme ao mesmo tempo divertido e depressivo, pessimista e otimista, capaz de explorar a essência humano na sua mais real sutileza.
Sem dúvida não é animação para crianças. Os temas são difíceis de serem absorvidos até mesmo por adultos. Socos no nosso estômago! Mas é cativante, sensível , brilhante. Diria mais: simples, sincero e emocionante. Por certo, excêntrico. Igualmente encantador!
Tirei essa descrição daqui
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